sábado, 8 de outubro de 2011




Um filme surpreendente do começo ao fim.
O que dizer da introdução onde em menos de 10 minutos vemos a camera surgir do nada seguindo um camburão policial,a policia invadindo a favela,capturando o suspeito,a manifestação das pessoas da viela contra a policia,o interrogatorio,a coleta de impressões,até chegar no fim onde os policiais conversam no banheiro no final do expediente.Tudo isso pra explicar como é o trabalho do protagonista do filme ,um policial da Scotland Yard.Foda.
De repente eles começam a falar,e isso foi como asssitir 2001 em 1968.
A cena no restaurante da espaço a conotações sxuais,estudo dos relacionamentos e muita SACANAGEM com o Hitch dando close na Ondra mordendo os labios para um estranho enquanto seu namorado não vê.Uma briga,ele sai do restaurante tenta voltar arrependido,faz um sorriso de esperto e ve ela sair com esse mesmo estranho.
A conversa desse estranho com a moça demora mais de 10 minutos,depois que ele literalmente arrasta ela pro seu apartamento.Então entra outra coisa sensacional,uma divagação ao mesmo tempo ligada ao teatro do qual o filme foi originado,mas originando por sua vez uma propria linguagem cinematografica atraves do som, com os personagens passeando pelo apartamento num (pasmem!) pré-"A Bout de Souffle" ou " Le Mepris"(lembram qual era um dos diretores mais venerados pela nouvelle vague?=Hitch).
Uma especie de distração artistica ao publico,vemos uma brilhante cena de desenho em dupla(muuuuuuito sexo subentendido),a protagonista semi-nua em 1929,dialogos economicos que culminam numa das mais brilhantes cenas de estrupo e assassinato onde Ondra brilha numa interpretação que sem duvida eh uma das mais marcantes em filmes de Hichcock.O terror entra de supetão.O terror mesmo!!!!O falso romance e de repente em poucos segundo estrupo ,assassinato e Ondra matando a pau!!!!Assistam!!A cena em que ela caminha traumatizada eh de um brilhantismo,o trauma não tinha entrado no cinema dessa forma ainda,com uma profundidade psicologica tão pungente.O som gritando noticias de assassinto,"Faca!",tudo remetendo a morte se depara com a apavorante face de Ondra e a edição sempre brilhante e quadrinhesca.

A forma como o chantagista faz sua insinuação atraves de um charuto eh uma aula de construção de cena.Nos rimos e nos pergunatamos e nos indgamos com o personagem intruso.
A cena final eh tão aterradora quanto aquelas que Hitch colocava em seus episodios televisivos posteriores remetendo ao mesmo calafrio das melhores do "Twilight Zone" por exemplo.Um dos melhores finais de um filme dele.

A aparição dele xingando um moleque chato no trem é  uma das mais hilarias.
10 anos antes de Welles e Renoir,vemos Hitch mexendo a camera que nem louco.
A camera se move dos olhos do suspeito para um espelho;zoom-in no espelho e nos deparamos com o reflexo distorcido de dois detetives.
Close nos detetives e vemos as famosas persianas que muitos creditam a Wilder.
Cenas simples como os dois personagens subindo a escada de um predio nas mãos do Hitch aqui nesse filme vira magia.Quem duvida:comprove!Quem ja viu e duvida:comprove tambem!
Esse filme não usa otimos elementos de suspense,ele cria elementos de suspense senhor!
Essa eh a diferença!

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